Despedindo da família, rumo ao navio

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Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Passei a noite em claro, arrumando a mala e avaliando se valeria ou não a pena levar isso ou aquilo. Não tinha sono, mas precisava descansar, decidi somente às 5h30 da manhã, que era hora de deitar um pouco, pra levantar novamente às 8h30, pois em breve eu estaria me despedindo da família e amigos.
Não dormi nada, mas foi suficiente pra descansar e repor um pouco das energias. Tomei um café da manhã rápido e fui visitar o último amigo que faltava e que havia sido um grande companheiro nos últimos meses. Conversamos um pouco e era hora de ir, mais uma vez, uma despedida difícil.

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Despedidas são sempre difíceis…

Voltando pra casa, a minha namorada já estava me esperando, os meus tios chegaram para os últimos abraços. Nós almoçamos, mesmo que sem fome alguma e nos preparamos pra sair, eu não acreditava que estava mesmo indo embora, demorei muito pra sair do quarto e deixar minhas coisas.

despedindo da família para trabalhar em navio de cruzeiros

No caminho para o aeroporto, o trânsito de São Paulo era absurdo para uma quinta-feira à tarde e, para aumentar a ansiedade e medo de perder o voo, havia um acidente na marginal (como sempre), e demorou muito, mas chegamos com o tempo tranquilo para o embarque.

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Despedindo da família e namorada

Feitos todos os procedimentos de check-in e bagagem, chegara a hora mais difícil, despedir-me dos meus pais e namorada. Ficamos olhando os aviões no pátio, para passar um pouco o tempo, mas a hora havia chegado. Chorei como uma criança, mais que todos que estavam ali, a sensação de deixar as pessoas e a zona de conforto nos trás uma incerteza enorme, junto ao medo de entrar em mundo totalmente desconhecido. Fiquei o máximo que pude com eles, e fui me despedindo da família, antes de desaparecer rumo a sala de embarque, onde passei, ainda não acreditando, pelo controle de passaportes e fiquei próximo ao portão de embarque, onde no painel marcava o voo AZ 0675 – Roma Fiumicino.

Sala de embarques no aeroporto. - despedindo da família para trabalhar em navio

Sala de embarques no aeroporto.

O embarque já estava autorizado, mas a fila era enorme, preferi esperar um pouco, afinal, todos temos um lugar marcado no avião. Quando a fila estava quase no final, resolvi que era hora de embarcar e me acomodar. Entrando no avião, vi que minha poltrona estava na frente, do lado direito do avião, no meio de outros dois passageiros.

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O grande problema de ter entrado depois de todos, foi para arrumar um lugar no bagageiro, pois estavam todos cheios e eu só consegui um espaço a umas três poltronas depois da minha. Depois de uma situação estranha (percebi que haviam se estranhado por algum motivo) entre os dois passageiros que iam na minha fileira, sentei-me e resolvi fazer uma ligação, a última. Liguei para me despedir do meu tio, e após um minuto de conversa, eu já não conseguia mais falar, os “vizinhos” me olhavam sem entender nada e desliguei, farto das despedidas. Mandei mensagens para os amigos e desliguei o celular.

A decolagem estava autorizada, para aquele que seria um longo voo (14 horas) até Roma. As portas se fecharam, os procedimentos de segurança foram passados pela tripulação, e minutos depois, já estávamos no ar. Da minha poltrona, eu tinha a visão de um mapa do continente com a área que estávamos sobrevoando e a distância que faltava até chegarmos à Europa. Depois de três ou quatro horas eu já estava tranquilo, me acostumando à ideia e me preparava para comer o que serviam no avião, as próximas horas seriam de pouquíssimo sono, tempo de sobra para ouvir alguns CDs e ver alguns dos filmes disponíveis.

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Somos Bruno & Vic, dois viajantes que se conheceram e se apaixonaram trabalhando a bordo de um navio de cruzeiros. Em 2016, saímos em uma viagem ao mundo e, desde então, levamos a nossa vida na estrada. Entre caronas, voluntariados e trabalhos online compartilhamos nossas inúmeras experiências e pouco dessa vida nômade aqui no Blog Na Proa da Vida, veja mais

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Bruno
Já morei numa casa de lata flutuante onde o maior prazer era descobrir os sete mares. Trabalhei nos maiores eventos esportivos do mundo e vi o Bolt voando para mais um ouro no Rio de Janeiro. Hoje viajo o mundo sem data de volta para casa, na verdade, tenho chamado o mundo de minha casa. Não conto quantos países conheci pelo número de carimbos no passaporte, pois às vezes conheço dez países dentro de um só. Mergulhador e amante do oceano, amo aprender novos idiomas e coisas novas e escrevo sobre algumas das minhas aventuras no Na Proa da Vida.

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