Olá! Sou a Carol Donato, gaúcha, tenho 28 anos, sou formada em administração de empresas e empreendedora no Brasil e no momento estou mochilando pelo mundo. A convite do Bruno vou contar um pouquinho da minha história, de como eu decidi fazer essa viagem, sobre como é viajar e trabalhar ao mesmo tempo e como eu faço para me manter aqui.
Enquanto escrevo esse texto estou em Bangkok, na Tailândia, aguardando para embarcar para meu próximo destino e em poucos dias completo 7 meses viajando por alguns países. Sempre fui apaixonada por viagens, conhecer lugares diferentes, culturas diferentes, encarar desafios e fugir da rotina, mas ainda não tinha feito nada parecido.
Viajar e trabalhar: como tudo começou
Tudo isso começou quando viajei para o Canadá, no estilo mochileira que me fez conhecer uma nova maneira de viajar, uma maneira “fora do convencional”, mais econômica, e eu simplesmente amei.. porém eu queria fazer uma viagem por um longo período, e não apenas tirar férias.
Quando retornei para o Brasil, a primeira coisa que eu fiz foi pesquisar sobre formas de viajar com um custo baixo, fiquei curiosa por saber mais a fundo sobre esse mundo. Passei madrugadas lendo blogs, pesquisando viajantes, aplicativos e planejando.
Descobri milhares de pessoas que viajam o mundo, cada uma com sua história, e com seu modelo mochileiro de viagem e baseada em todas essas histórias, montei o meu próprio estilo e plano de viagem. Eu não tinha certeza se realmente iria conseguir realizar esse sonho, mas conhecimento e vontade de me jogar no mundo eu já tinha o suficiente para embarcar nessa jornada.
Histórias inspiradoras sobre viajar e trabalhar, vida de nômade digital e viajar sozinho
O meu grande desafio seria em relação ao meu trabalho. Diferente de muitos mochileiros que conheci, que geralmente juntam uma grana, largam o emprego e se jogam no mundo por um tempo, o meu caso é um pouco diferente. Tenho a Be Bardot Beauty Lounge um Nail Bar/Clínica Estética, juntamente com minha amiga e sócia Dariane.
O meu negócio nunca foi ficar “dentro da empresa”, gosto mesmo de criar, cuidar dos números, produzir conteúdo, estratégias, enfim administrar e, mesmo quando eu estava no Brasil, já trabalhava de casa, então, só estou um pouco mais longe agora (rsrsrs).
Eu tinha um controle muito manual de boa parte dos processos do meu trabalho, ou seja eu precisava em algum momento estar presente na empresa. Esse foi meu grande desafio, conseguir fazer com que todo o meu trabalho estivesse online me permitindo ter acesso a qualquer momento e em qualquer lugar.
Foram alguns meses, pensando, ajustando e testando até que eu finalmente consegui. Falando assim parece fácil e simples, mas foi um desafio muito grande e trabalhoso. Em alguns momentos cheguei a pensar que não seria possível. Para mim foram duas vitórias: viajar e continuar trabalhando. Hoje eu preciso apenas do meu computador e internet para trabalhar.
Viajar e Trabalhar
Rotina da viagem
Contando um pouco sobre a viagem. Minha rotina como viajante é um pouco maluca. Não tenho uma rotina certa, mas procuro manter alguns hábitos semanalmente: cumprir as obrigações e metas de trabalho, alimentação saudável, correr pela manhã, estudar e também descansar. Porque afinal, uma viagem longa não é como uma viagem de férias, onde muitas vezes por aquele período deixamos de lado a alimentação saudável, bebemos quase todos os dias, deixamos de praticar exercício físico, ler, estudar, descansar etc.
Viajar por um período longo é como estar morando fora, e alguns hábitos são importantes manter no dia a dia.
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Viajar e Trabalhar
O roteiro da viagem
Comecei minha viagem em Portugal, na Europa. Lá eu fiquei em casa de amigos, parentes e hostel. Em um dos hostels eu fiz um trabalho voluntário de 15 dias, onde eu troquei trabalho por estadia, o meu trabalho era super simples e fácil, ajudava a organizar e limpar, fazia todas as minhas tarefas durante a manhã e tinha a tarde e dois dias livres na semana, em troca disso eu tinha um local para dormir e café da manhã. Depois de dois meses e meio entre Portugal e Espanha, eu vim para a Ásia, pois na Europa era inverno e eu queria mesmo era estar na praia.
Em janeiro, peguei um voo para a Tailândia, fiquei quase 2 meses e meio mochilando por aqui de Norte a Sul. Depois visitei o Camboja por 10 dias, Filipinas 40 dias e mais um mês mochilando entre Laos e Vietnam, e foi no Laos depois de 6 meses de viagem, que resolvi fazer meu primeiro Couchsurfing, aplicativo que você encontra pessoas emprestando o sofá ou um cantinho para os viajantes dormirem.
Estava com um pouco de medo em fazer, já tinha cadastrado algumas vezes a minha viagem mas nunca aceitava. Minha primeira experiência não poderia ser melhor. Meu host fez eu me sentir em casa. Saíamos para jantar, me mostrou os principais pontos da cidade, e ficamos até altas horas conversando na sacada da casa, e a partir dessa viagem para o Laos comecei a intercalar estadias em hostels e couchsurfing sempre que possível, que é mais uma forma de economizar muito em uma viagem em qualquer lugar do mundo.
Mas é super importante pesquisar bem, ver as avaliações do host antes de aceitar. Enfim, na Ásia é possível viajar gastando pouco ou muito pouco, mas é claro que tudo depende do estilo de cada viajante.
Enquanto escrevo esse relato passa um filme na minha cabeça. Lembro o dia que dei o “start” em fazer essa viagem, quando comecei a pesquisar e a planejar, e lembro-me exatamente do dia que desci do avião em Portugal. Foram tantas experiências que eu já vivi nesses quase 7 meses, ao mesmo tempo que parece que já se passaram anos e às vezes eu penso “nossa apenas 7 meses e tudo isso já aconteceu”, tantos perrengues e apertos, dormir em cama ruim, passar muito calor ou frio, e ficar exausta de carregar uma mochila de 15 kg nas costas faz parte do dia a dia.
Saindo da zona de conforto
É preciso ter muita coragem para sair da zona de conforto, ficar longe da família e amigos. Quando a saudade aperta, eu agradeço à tecnologia que me permite estar em contato pelo facetime o tempo todo. Mas quando me perguntam “você gostaria que alguma coisa tivesse sido diferente?”. Minha resposta é N-Ã-O, não mudaria em absolutamente nada porque cada experiência boa ou ruim me fez aprender algo novo nesse período.
Tive muitos momentos de tristeza, dias em que chorei por horas sozinha, mas sem dúvida alguma, os momentos mais felizes de toda a minha vida também vivi nessa jornada. Conheci pessoas incríveis de todas as partes do mundo que cruzaram meu caminho, algumas não convivi por mais de 24 horas, outras se tornaram grandes amigos, viajamos juntos por um período e se tornaram tão especiais que as guardo em um lugar especial no meu coração. Aliás, meus próximos destinos serão para visitar algumas dessas pessoas.
Sobre viajar sozinha
Mas é claro que viajar sozinha tem sim seus momentos difíceis, mas para quem gosta desse tipo de experiência como eu, é incrível, é transformador. O fato de estarmos sozinhos nos dá mais abertura para conhecer pessoas novas e, portanto, estamos constantemente a criar novas relações com os outros.
De certa forma, viajar sozinho é viajar com o mundo. Ainda assim, não significa que estejamos sempre acompanhados. É, engraçado, porque tem dias em que, pelo menos eu, quero estar sozinha. E acho que são estes momentos que mais “aterrorizam” as pessoas quando pensam em uma viagem destas.
Enfim, quando as pessoas me perguntam como está sendo a minha experiência de fazer uma viagem dessa eu posso dizer que, viajar o mundo sozinha é maravilhoso, é uma experiência única de vida. Uma espécie de viagem interior, é transformador. Muitas vezes me pego pensando, refletindo sobre quem eu era antes e como sou e estou agora. Essa viagem é provavelmente sobre tudo aquilo que irá moldar meu futuro e minha vida.
E aí, gostou do relato da Carol? Você sonha em viajar e trabalhar o mesmo tempo? Já teve a oportunidade ou a coragem de cair no mundo e viver uma vida nômade digital? Conta pra gente aqui nos comentários! Se quiser ver mais fotos ou vídeos sobre viagem e inspiração, siga as nossas redes sociais: Instagram, Facebook, Pinterest e YouTube.
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