Trabalho escravo a bordo de navios de cruzeiro

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Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Na maioria das vezes em que ouvimos falar sobre o trabalho a bordo de navios de cruzeiro, ouvimos um comentário sobre o “trabalho escravo”. Quando conheço alguém e conto sobre a experiência do trabalho a bordo, já espero pela tal pergunta.

trabalho escravo em navio de cruzeiros

As pessoas que nunca viveram essa experiência ou não sabem como é a vida dentro da casa de lata, acabam se baseando nas notícias que aparecem na mídia. A maioria das matérias relacionadas a isso são feitas quando os navios estão fazendo a temporada na América do Sul, que é quando o número de tripulantes sul-americanos aumenta por questões jurídicas e também pelo idioma, que preferivelmente é o mesmo dos passageiros.

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Não sei em que dados ou comparação a mídia se baseia ao dizer que o trabalho a bordo, é um trabalho escravo. Tampouco conheci alguém que estivesse a bordo obrigado pela companhia.
Antes de aceitar o trabalho a bordo, o tripulante é bem avisado sobre as condições de trabalho, salário, período, regras e riscos. Entendo que algumas agências recrutadoras iludem alguns futuros tripulantes, vendendo o sonho do trabalho perfeito, viagem pelo mundo em troca de algumas horas de trabalho e outras histórias, mas convenhamos que não existe mais bobo hoje em dia (pelo menos não deveria).

 

 
Outra coisa é que, para que uma pessoa chegue até as agências e companhias, ela deve ter procurado bastante por isso. Até hoje eu nunca ouvi um tripulante dizer que a companhia veio atrás dele oferecer uma vaga extraordinária; o que sei é de pessoas que acabaram sendo encontradas por recrutadores no dia-a-dia e receberam um convite, que acabou despertando o interesse.
Antes de embarcar nessa vida, o candidato passa por diversas fases de recrutamento e cursos. Um destes cursos, é ministrado pela companhia após a aprovação, e serve para o preparo do tripulante e tirar as dúvidas que possam existir no momento. É um curso importante, pois é onde todos ficam sabendo que o tratamento a bordo é quase como no exército, com regras e horários a serem cumpridos, mas também com muitas partes divertidas, que trabalharão muitas horas por dia, mas serão recompensados em experiência, histórias e até financeiramente dependendo do cargo a bordo.
Além das etapas e cursos, os tripulantes tiram todas as dúvidas nos grupos de crew no Facebook, que contam com tripulantes veteranos, novos e pessoas que tem vontade de trabalhar a bordo.
trabalho escravo em navio de cruzeiros
Os tripulantes sabem também que trabalhando a bordo, receberão o salário em uma moeda mais forte que o nosso BRL (real), provavelmente dólar. E falando nisso, confesso que nunca vi um trabalho escravo que pague mensalmente US$2.000 (dependendo da função) ou mais.

Outra coisa importante que os tripulantes sabem, é que não precisarão pagar aluguel e alimentação por pelo menos uns seis meses, os gastos variam de acordo com as necessidades de cada um.

Leia mais:Mafiosos a bordo? Veja como funcionam as máfias dentro dos navios

Olhando para este cenário, e tendo vivido os dois lados (corporativo e vida a bordo), me pergunto o que é trabalho escravo nos dias de hoje. 
Será que muitas pessoas não entram na vida a bordo para fugir do trabalho escravo em suas cidades e países? Pois pensando bem, vivemos em uma espécie de trabalho escravo em terra. Afinal, temos alguém para nos dizer quanto tempo temos para almoçar, que horas vamos acordar, quantos dias de férias poderá tirar no ano, às vezes até para te dizer se você pode ou não ir para a festa de um amigo em uma sexta-feira à tarde. E o pior de tudo, é que essa é considerada a vida normal.

Talvez os tripulantes só não queiram uma vida normal, e ter alguém te dizendo o que vai fazer, acaba sendo um detalhe, quando olhamos para a liberdade que temos para conhecer esse mundão e as maravilhas que tem a oferecer.

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Somos Bruno & Vic, dois viajantes que se conheceram e se apaixonaram trabalhando a bordo de um navio de cruzeiros. Em 2016, saímos em uma viagem ao mundo e, desde então, levamos a nossa vida na estrada. Entre caronas, voluntariados e trabalhos online compartilhamos nossas inúmeras experiências e pouco dessa vida nômade aqui no Blog Na Proa da Vida, veja mais

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Bruno
Já morei numa casa de lata flutuante onde o maior prazer era descobrir os sete mares. Trabalhei nos maiores eventos esportivos do mundo e vi o Bolt voando para mais um ouro no Rio de Janeiro. Hoje viajo o mundo sem data de volta para casa, na verdade, tenho chamado o mundo de minha casa. Não conto quantos países conheci pelo número de carimbos no passaporte, pois às vezes conheço dez países dentro de um só. Mergulhador e amante do oceano, amo aprender novos idiomas e coisas novas e escrevo sobre algumas das minhas aventuras no Na Proa da Vida.

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