Training no restaurante, caso a bordo (mais um) e amigos que chegam no Costa Serena

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Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Ainda em clima nostálgico pela visita ao Costa Mediterranea e encontros, eu já estava me acostumando no Serena e me dava relativamente bem com os supervisores. Havia surgido uma oportunidade e a Michelle me mandou para ajudar no restaurante, daí começava o meu training para Assistant Waiter.

Eu nunca liguei muito para esse treinamento, até porque significava mais trabalho, pois tínhamos que manter as obrigações do buffet. Mas, como o Snack Steward ganha pouquíssimo, eu estava feliz em ver o salário dobrar, então, estava sempre no restaurante dando um help, até ter a minha station.

Eu sempre saía com os amigos brasileiros, e a essa altura, já haviam embarcado outros brasileiros. O Marcos e Uryel chegaram uns cruzeiros antes e o Henrique Godoi, conhecido como Godoi mesmo, embarcou no cruzeiro em que estávamos, ele era o melhor amigo da Andressa, que já estava a bordo.

Parecia que, como foi com o Jhonata no Mediterranea, seria com o Godoi no Serena. Desde o primeiro dia dele, sabia que seria meu grande amigo ali, era gente boa e engraçado. No dia seguinte, saímos todos para dar uma volta em Civitavecchia, tomar um ar e aproveitar os dias de sol que restavam na Europa.

Civitavecchia - Godoi - Marcos. Training no restaurante

Civitavecchia com os novos amigos

Também saía com o William e outros amigos, como a Juliana e alguns PHs, também Snacks. Desde que eu cheguei no Serena, estava “solteiro” e não havia tentado nada, até porque não ia muito no Crew Bar e estava bem tranquilo quanto a isso.

crew bar

Brasil e Peru no Crew Bar

Depois de alguns rolês em portos, com essa galera, as coisas começaram a mudar. Uma das brasileiras (não vou mencionar o nome) que já havia namorado um latino (Guatemala, eu acho), começou a demonstrar algum interesse, o que eu também já tinha há alguns dias. E daí surge um novo rolo a bordo, o que até me fez brigar com o cabin mate vietnamita.

Nós não queríamos que as pessoas soubessem, mas foi impossível. Depois do trabalho ela foi para a minha cabine para passar as fotos dos passeios e o Pong estava lá. Conversamos e bebemos vinho e ela acabou dormindo por lá mesmo.

No dia seguinte, entramos cedo no buffet e todos já sabiam de nós. O Pong havia contado para TODOS do buffet, o que tinha acontecido na noite anterior, reclamou para os supervisores que eu não o havia deixado dormir. Era uma situação engraçada, porque todos me olhavam tipo “eu sei o que você fez a noite passada”.
Acabei brigando com o Pong depois disso, pedi desculpas por incomodar, mas ele não deveria espalhar essas coisas para todos, até porque, não sei se acharia normal se ele levasse algum companheiro pra lá, enquanto eu estivesse. Paramos de nos falar depois disso. O meu caso com ela continuou é claro, mas agora todos sabiam e faziam algumas piadas.
Costa Serena_restaurante_training1

Passageiros argentinos e uruguaios durante o training para Ass. Waiter

Sobre o training no restaurante

Eu estava cada vez mais a vontade fazendo o training, ainda não tinha uma Station, mas aprendia bastante. O Pong falou que não queria mais que ela fosse na cabine e aí nós brigamos de vez. Eu tentava evitar, mas a situação da primeira noite aconteceu de novo (risos).
Desta vez, o Pong foi falar com a Michelle, que veio me falar e dar um toque. E um dia em que ela foi na cabine visitar somente, ele pegou o telefone e disse que ligaria para a ponte e reportaria. E foi uma das maiores discussões que tive com cabin mate até hoje, a última na verdade, pois ele começou a procurar cabines para mudar e estava sempre dormindo fora.
Ele queria que eu saísse, mas eu gostava da cabine e não tinha ninguém pra ficar. O Sandro também estava com problemas com o cabin mate, mas eu decidi que não dividiria cabine com ele; era gente boa, mas dividir cabine é demais, dividir o banheiro já bastava.

Alguns cruzeiros depois, tive uma grande surpresa. Os transfers dos outros navios para o Serena, estavam a todo vapor. E, em um dia de Savona, depois de voltar do Tucano Bar, estava andando pelo Deck 0, quando lá na frente, vi uma figura que não me era estranha, e quando finalmente reconheci, saí correndo pelo corredor, cheguei por trás e dei um belo e forte tapa na cabeça.

Era o Jhonata, meu melhor amigo do Mediterranea, e agora estava no Serena. Estava feliz de revê-lo e sabia que a temporada no Brasil seria engraçada com mais um grande brother. Ele já sabia da brasileira (não sei como), e falou – Porra, tô sabendo que você já se amarrou de novo, que juvenil! Haha. Era engraçado, pois ele sempre dizia que ficava no máximo três vezes com qualquer mulher. No transfer, vieram outras pessoas e o Roni, gaúcho, que embarcou no Med quando eu saí.

Crew bar - niver_21. Training no restaurante.

Jhonata no Crew Bar, temporada brasileira

Eu já estava tranquilo no Serena, parecia completo. Com os amigos por perto, o training no restaurante dando certo e cia da brasileira, eu realmente me sentia melhor no Serena. Com a chegada dos amigos, o Crew Bar virou rotina nas horas pós trabalho, exceto quando a brasileira tinha o mesmo horário.
O Pong estava na dele, havíamos voltado a conversar, mas às vezes ele me irritava. Como quando ele mexeu nas minhas cuecas, que lavei e coloquei pra secar e ele mudou de lugar e esticou. Quando perguntei, ele disse que era pra que secassem melhor e só queria me ajudar. Pedi que não mexesse mais.
Eu me acostumaria, afinal, ainda tinham mais de cinco meses pela frente e, se ele não mudasse de cabine, viveríamos em conflito, então era relaxar e aceitar as diferenças.

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Somos Bruno & Vic, dois viajantes que se conheceram e se apaixonaram trabalhando a bordo de um navio de cruzeiros. Em 2016, saímos em uma viagem ao mundo e, desde então, levamos a nossa vida na estrada. Entre caronas, voluntariados e trabalhos online compartilhamos nossas inúmeras experiências e pouco dessa vida nômade aqui no Blog Na Proa da Vida, veja mais

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Bruno
Já morei numa casa de lata flutuante onde o maior prazer era descobrir os sete mares. Trabalhei nos maiores eventos esportivos do mundo e vi o Bolt voando para mais um ouro no Rio de Janeiro. Hoje viajo o mundo sem data de volta para casa, na verdade, tenho chamado o mundo de minha casa. Não conto quantos países conheci pelo número de carimbos no passaporte, pois às vezes conheço dez países dentro de um só. Mergulhador e amante do oceano, amo aprender novos idiomas e coisas novas e escrevo sobre algumas das minhas aventuras no Na Proa da Vida.

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