Crônicas de Bordo: A festa da Independência Indiana

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Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

A festa da Independência Indiana no navio – Já completamente acostumado com a rotina a bordo, eu tinha uma companhia amorosa que, querendo ou não, fazia a diferença a bordo, tinha ótimos amigos, pessoas que realmente me animavam a bordo e me faziam querer tranquilamente terminar o contrato a bordo do Costa Mediterranea.

A famosa festa da Independência Indiana

Há quase dois meses a bordo, já tinha se passado tanta coisa, que pareciam dois anos ou até mais. Estávamos no mês de agosto e teria a famosa festa da independência indiana, e todos a conheciam como a melhor festa a bordo. Os indianos preparavam comidas típicas, tiravam as roupas indianas do armário, e faziam questão de convidar à todos ao Crew Mess e depois para a festa, que seria no Crew Bar.

festa independencia indiana no navio - Áustria, Índia, China e Brasil

Áustria, Índia, China e Brasil

A namorada do meu supervisor Poojary, era uma austríaca apaixonada pela cultura indiana e ajudou em quase tudo nos preparativos, fazia as maquiagens em quem tinha vontade de pintar a cara e até mesmo cozinhou alguns pratos típicos.

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No dia da festa, os indianos estavam eufóricos e nós, não víamos a hora de acabar o expediente para curtir a festa. O dia passou bem rápido, muito mais que o normal, à noite fomos ao Crew Mess provar as comidas típicas com muito curry indiano, o que era uma novidade pra mim, aquele monte de comida indiana bem picante.

festa independencia indiana no navio1 - Comidas típicas da Índia durante a festa

Comidas típicas da Índia durante a festa | Fotos: Isabella Scatulino (Costa Mágica)

Depois da comilança, veio a festa. O DJ era o de sempre, um indiano do bar, mas a música, a música era totalmente diferente. Os indianos estavam possuídos pela música indiana que explodia no pequeno Crew Bar, era realmente diferente de todas as festas que eu já tinha visto. O Jhonata e eu resolvemos entrar na brincadeira, mais como “zoeira” do que pelo sentido da festa. Os indianos acharam tão engraçado o fato de ver dois brasileiros tentando fazer a mesma dança deles que, ao invés de se ofenderem, se juntaram a nós, virando uma bagunça de passos errados, e em questão de poucos minutos a pista estava cheia de outros gringos dançando com a gente.

Eu que já estava com o pé em más condições, tomei um pisão no dedo machucado e tive que encostar por uns minutos, mas a energia da festa não me deixava sentir tantas dores. E quando a festa estava chegando ao fim por conta do horário do Crew Bar (que nós já havíamos estendido em uma hora) um pequeno grupo de brasileiros se formou querendo mais festa, e como sempre tinha uma continuação em algum lugar, a minha cabine foi a da vez, já que o William (meu cabin mate) estava junto, não teve problema nenhum. Éramos sete pessoas e umas poucas garrafas de vinho. No meio, uma brasileira, que até então não rolava nada, além de uma boa amizade, mas acabou sendo a última pessoa a sair da cabine na manhã seguinte, mas essa história fica a bordo somente.

A dança dos indianos é mais ou menos assim:

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festa independencia indiana no navio2 Bolo com imagens da Índia. | Fotos: Isabella Scatulino (Costa Mágica)

Bolo com imagens da Índia. | Fotos: Isabella Scatulino (Costa Mágica)

No dia seguinte, todos estavam extremamente cansados, mas empolgados com a festa da noite passada. Os brasileiros tiveram a ideia de fazer a festa da Independência do Brasil, que seria comemorada duas semanas depois, pensando em algo na mesma linha da indiana, com comida típica e muita música. Éramos um grupo pequeno de brasileiros, mas tínhamos em mente que todos amam o Brasil e a música brasileira, que sempre tocava a bordo. Os preparativos começavam dali, as ideias do que fazer e de como seria, vinham do nosso pequeno grupo, sem esquecer que o budget era menor.

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Bruno
Já morei numa casa de lata flutuante onde o maior prazer era descobrir os sete mares. Trabalhei nos maiores eventos esportivos do mundo e vi o Bolt voando para mais um ouro no Rio de Janeiro. Hoje viajo o mundo sem data de volta para casa, na verdade, tenho chamado o mundo de minha casa. Não conto quantos países conheci pelo número de carimbos no passaporte, pois às vezes conheço dez países dentro de um só. Mergulhador e amante do oceano, amo aprender novos idiomas e coisas novas e escrevo sobre algumas das minhas aventuras no Na Proa da Vida.

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