Um resumo do que fazer em Yangon, no Myanmar

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Atualizado em 29/06/2021
Por: Victória

Atualizado em 29/06/2021
Por: Victória

Yangon foi a primeira cidade do Myanmar que conhecemos e, logo de cara, nos conquistou pelos mercados de rua, a agitação e, principalmente, pela sua população que nos surpreendeu por ser tão generosa, gentil e honesta. Nos dois dias que passamos na cidade, andamos MUITO e visitamos os principais pontos do lugar que, com certeza, pode ser considerado a capital do país. Veja dicas de onde se hospedar, principais atrações, principais templos, quantos dias ficar e como se locomover em Yangon neste guia da cidade feito com muito cuidado para te ajudar a aproveitar a sua viagem para o Myanmar ao máximo:

Veja nossos posts sobre o Myanmar:

Viagem para Yangon:

Principais templos

  • Shwedagon Pagoda: 8 mil kyats – entrada por pessoa.
  • Sule Pagoda: 4 mil kyats – entrada por pessoa.

Outras atrações

  • Centro da cidade: Prédios, parque da Independência, mercados de rua e atrações próximas a Sule Pagoda.
  • Bairros Little India e Chinatown
  • Kyaethoon Pagoda
  • Botahtaung pagoda: 4k kyats de entrada por pessoa) e visitar o píer com mesmo nome.
Rua de Yangon, no Myanmar - Yangon

Rua de Yangon, no Myanmar

Outras coisas legais para fazer em Yangon

  • Andar no “Yangon Circle Train” em que a atração principal é a viagem de trem em si (500 kyat)
  • Caminhar pela Strand Road e observar os prédios coloniais antigos e as pessoas que passam o tempo por ali. É nessa avenida que fica o famoso e centenário The Strand Hotel.
  • Tomar um café da manhã local (com direito a comer mohinga ás 9 da manhã)
  • Caminhar nas margens do Inya Lake (maior lago de Yangon) ou do Kandawgyi Lake (800 kyat por pessoa)
  • Subir ao topo da Sakura Tower e ver a cidade de Yangon de cima, uma boa dica para uma noite de calor e clima bom.
  • Participar de um Free Yangon Walking Tour (acontecem de segunda, quarta, sábado e domingo) saindo do Maha Bandoola Park.
  • Visitar outros lindos templos da cidade (Botataung Paya, Kyauk Daw Kyi Pagoda, Chaukhtatgyi Temple e Nga Htat Gyi Pagoda).

Yangon: Onde ficar

Para nós, o melhor lugar para se hospedar em Yangon é nas proximidades da Sule Pagoda, pois é a área central da cidade e onde tudo acontece durante o dia, além da facilidade de encontrar restaurantes, bares e diferentes tipos de transporte. As opções de hotéis recomendados na região são Hotel G Yangon, Yangonn Excelsior, Pullman Centrepoint, Pan Pacific e Hotel @ Heritage.

Se quer economizar sem ainda perder o conforto: Wayfarer’s rest, Baoba Bed Hostel, 501 Merchant Bed & Breakfast e o Backpacker Hostel. Compare os preços também no Agoda.com que as vezes tem valores mais em conta que o Booking.com

Yangon: Onde nós ficamos

Traveller’s house. Era a opção com melhor custo benefício e o hostel era super bem localizado. Adoramos as camas (eram imensas, dormimos juntos em uma cama e a outra deixamos as mochilas), o café da manhã super simples mas bom e o staff é realmente super gentil e sorridente. Recomendamos muito o hostel para quem quer gastar menos e aproveitar o centrão de Yangon.

Yangon

Travaller’s house: o hostel que nos hospedamos em Yangon. Foto de: Booking.com

Quantos dias ficar em Yangon

Em dois dias (uma noite) você consegue ver as principais atrações rapidamente. Se puder, fique três dias e duas noites para ver tudo mais lentamente e aproveitar melhor a cidade e até mesmo entender melhor o ritmo das coisas.

Nosso roteiro em Yangon

Dia 1:

Chegamos no aeroporto pela tarde e demoramos um pouco para conseguir pessoas para compartilhar o táxi conosco. Após um tempinho de espera, encontramos um casal britânico e conversamos o caminho inteiro com eles até os nossos hostels. Como o trajeto foi longo e não dormimos muito bem na noite anterior (já que passamos a noite no aeroporto de Bangkok) chegamos no Traveller’s house hostel acabados e tudo que precisávamos era um banho e um cochilinho de algumas horas. Acordamos com muita fome e saímos para explorar os arredores do hostel.

Comemos comida indiana no restaurante Indian Hut e depois disso, andamos pelas atrações perto da Sule Pagoda (Independence monument, Strand street, The Strand Hotel e na feirinha de rua ao lado do parque do monumento da independência). Após algumas horas, pegamos um ônibus em frente a Sule Pagoda (número 29 – 300 kyats por pessoa) para visitar a Shwedagon Pagoda à noite. Quando chegamos na estação de ônibus percebemos que a pagoda era um pouco afastada e pedimos ajuda a um burmês que estava passando. Ele ficou super feliz com a interação e fez um gesto para o seguirmos.

Nós, por incrível que pareça, o seguimos por ruas escuras e estranhas sem medo algum. O menino não falava uma palavra e só usava gestos e, por isso, imaginamos que ele era mudo. Após uns 15 minutos caminhando, ele tirando selfies com a gente, observando as ruas escuras e só se comunicando com gestos, o menino atende o telefone e começa a tagarelar. Não nos contemos de tanto rir com esse susto e choque. Demos tchau a ele, agradecemos a ajuda e seguimos caminhando até a Shwedagon Pagoda.

Chegando lá percebemos que não tem nada demais visitá-la a noite, mas valeu a pena pela experiência com o menino e por poder visitar a Kyaethoon Pagoda que é bem próxima e é super linda durante a noite, com um mini lago em sua entrada e vários moradores locais fazendo oferendas. Na volta, ainda comemos mais comida indiana deliciosa no Mawlamying south indian restaurant e fomos dormir.

Shwedagon Pagoda, símbolo do Myanmar - Yangon

Shwedagon Pagoda, símbolo do Myanmar

Nosso roteiro em Yangon

Dia 2:

Andamos pelas ruas próximas ao hostel se apaixonando a cada esquina e a cada mercado de rua totalmente diferente que víamos. Passamos novamente pela histórica Strand street (não vimos nada MUITO demais nela) até chegar no Botahtaung píer. Descansamos um pouco lá depois de uma longa caminhada, andamos pelo mercado lá perto (que só tinha souveniers) e nos surpreendemos com a vista e o movimento de locais utilizando o rio como meio de transporte e até mesmo como chuveiro a céu aberto.

Ficamos alguns bons minutos parados na sombra só observando o ritmo das pessoas e, depois de ficar sabendo que a visita a Botahtaung pagoda era paga (US$3), desistimos de entrar. Andamos novamente até chegar no ponto de ônibus para seguir caminho e finalmente visitar a famosa Shwedagon Pagoda, símbolo do país. No caminho, que agora já conhecíamos pela ajuda do nosso amiguinho “falso mudo” do dia anterior, paramos num restaurante SUPER local e almoçamos nosso primeiro curry burmês. Que delícia!

O restaurante no Maps.me se chama “Lin Lin Tea Shop”. Chegamos um pouco tarde na pagoda já que nossas andanças pela cidade renderam altas conversas e risadas, mas conseguimos visitar as principais atrações desse complexo imenso e maravilhoso (Separe ao menos duas horas para visitar bem a Shwedagon Pagoda). Saímos correndo, compramos nossa passagem de ônibus noturno para Hpa-An, arrumamos nossas malas e pegamos um táxi para a rodoviária da cidade, que é extremamente longe do centro.

Como sair do aeroporto de Yangon

Do aeroporto você pode caminhar por uns 25 minutos e pegar um ônibus (valor 200-300 kyat, dependendo do ônibus) que te deixará perto da Sule Pagoda ou dividir um táxi com até quatro pessoas (valor 12k kyats pelo táxi) que te deixará no seu hotel. O trajeto é longo e leva cerca de uma hora, dependendo do trânsito.

Dica: verifique o valor de pedir um Grab/Uber que sai bem mais em conta do que os táxis parados na frente do aeroporto. Pena que descobrimos/pensamos nisso só depois, pois não tínhamos internet na hora.

Como se locomover na cidade

Lá não é permitido usar moto, nem turista nem os moradores locais. Para visitar os lugares de interesse utilizamos ônibus e andamos MUITO, mas também existem táxis, Uber/Grab, bicicletas (2k kyat por dia/pessoa) e até um trem (que é uma atração por si só).

Como sair de Yangon

Utilizamos um táxi  que custou 8k kyat para chegar na rodoviária (que é MUITO longe da cidade e super mal localizada) e um ônibus noturno (7k kyat por pessoa por 6 horas aproximadamente) que nos levou para Hpa-An, nosso próximo destino no Myanmar. Você também pode ir com o trem circular (evite horários de pico já que fica lotadíssimo) ou de ônibus (idem).

Nossas lembranças da Yango, Myanmar

Yangon

Os birmaneses nos conquistaram desde o primeiro dia no Myanmar

1) Quando estávamos voltando à noite da Shwedagon Pagoda pedimos ajuda a um birmanês para chegar a estação de ônibus. Ele, como não falava inglês, nos fez gestos para que o seguissemos e foi isso mesmo que fizemos. Chegando na estação de ônibus agradecemos muito e vimos que ele estava procurando algo na bolsa. Para nossa surpresa, ele ofereceu DINHEIRO para pagarmos o ônibus.

Agradecemos de coração mas com certeza não aceitamos. Ficamos chocados com esse gesto tão genuíno e incrível vindo de uma pessoa tão simples. Após alguns minutos diluindo o momento que havíamos acabado de passar, pensamos melhor e entendemos o porque do burmês querer nos dar dinheiro para pagar o ônibus. No Myanmar geralmente o cobrador é o motorista do ônibus. Por este motivo, ele não dá troco e, se você não tiver dinheiro trocado, terá que pagar um valor muito mais alto que a taxa cobrada. Como as notas do Myanmar são bem complicadas e geralmente os turistas não pagam nada abaixo de 1.000 kyats ele quis nos ajudar para não “perdermos” dinheiro no troco. Que coisa mais incrível! Aquela primeira noite no Myanmar já nos fez notar o quanto aquele país maravilhoso tinha a oferecer e nos surpreender a cada dia.

2) Entrando no ônibus e pagando a taxa com nosso próprio dinheiro, dissemos que queríamos descer na Sule Pagoda, como sempre. No caminho, conversamos com alguns birmaneses e foi bem divertido. Quando faltava uma parada para descermos na Sule Pagoda um senhor nos indicou que teríamos que descer na próxima, e desceu do ônibus. Como estávamos cansados de caminhar, decidimos esperar e não descer na próxima parada, para ver se o ônibus continuava na rua do hostel e chegava mais perto dele.

De repente percebemos uma confusão no ônibus (que estava bastante cheio) e olhamos para onde estava a movimentação. O senhor que tinha nos indicado para descer na próxima estação tinha subido no ônibus de novo só para nos avisar que nossa parada tinha passado e que não havíamos descido! Tentamos explicar que estávamos esperando chegar mais perto do hostel mas, em poucas palavras, entendemos que o ônibus ia para um lugar bem diferente do que imaginamos. Agradecemos imensamente, descemos do ônibus e caminhamos por alguns minutos com nosso novo amigo.

3) No dia seguinte, antes de visitar a Shwedagon Pagoda, andamos até um píer onde havia uma das pagodas que eu queria visitar em Yangon. Chegando lá, descobrimos que, para visitar a Botahtaung pagoda, teríamos que pagar. Como nosso budget é curto e percebemos que a visita não super valia a pena, desistimos e continuamos andando pela rua do templo. Estava MUITO calor e estávamos encharcados de suor.

Vimos um lugar fechado e pensamos “Vamos lá um pouquinho? Pegar uma sombra e um pouco de ar condicionado?” Entramos no lugar e um senhor burmês já nos deu as boas-vindas. Ficamos sem jeito e disfarçamos a visita perguntando o horário de funcionamento do templo, já que “pretendíamos voltar mais tarde”. Ele nos respondeu a pergunta e começou a perguntar “Where are you from?” e outras perguntas de sempre.

Nós começamos a conversar com o senhor, ele nos ensinou a contar até 10 em birmanês e ainda nos deu duas garrafas de água trincando de tão geladas. Saímos de lá com o coração cheio de amor e com um pouco menos de calor. Conseguimos guardar um pouquinho desse momento nesse vídeo que postamos no Instagram.

No caminho do ponto de ônibus até a Shwedagon Pagoda um homem nos parou do nada no meio da rua. Ficamos meio assustados mas depois de meio segundo, percebemos que ele só queria conversar. Perguntou o típico “Where are you from?” e, quando falamos que somos do Brasil, o cara enlouqueceu. Veja um trecho da nossa conversa com ele aqui.

Gostou das dicas? Tem alguma dúvida? E como foi a sua experiência visitando Yangon, no Myanmar? Conta pra gente aqui nos comentários! Se quiser ver mais fotos ou vídeos sobre o Myanmar e outros países da Ásia, siga as nossas redes sociais: Instagram, Facebook, Pinterest e YouTube.

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<a href="https://www.naproadavida.com/" target="_blank">Victória</a>
Victória
Nascida em São Paulo, estudou Lazer e Turismo (USP) e tem no DNA a palavra viagem. Ama dar dicas de viagens e contar as experiências que já viveu. Já visitou mais de 45 países e não pretende parar tão cedo.

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8 Comentários

  1. Rodolfo

    Estava esquecendo. Valeu a dica do site 12GoAsia!!!

    Responder
  2. Rodolfo

    Olá Bruno e Victória: Delícia de diário s/Yangon. Estarei indo em Outubro 27 e gostaria de saber se vocês alugaram ou souberam de alguém que alugou bike em Yangon/outras cidades de Myanmar. Estou achando um meio Super versátil para cidades com Yangon, Mandalay, etc. Se sim, por favor me contem se deu tudo certo c/vocês ou pela experiência de outros. Alugam com locker? Ótimas Viagens para Vocês!

    Responder
    • Victória Farina

      Olá Rodolfo! Espero que sua viagem pelo Myanmar esteja sendo maravilhosa! Em Yangon nós só andamos e usamos transporte público, em Hpa-an e Mandalay nós alugamos uma moto pq as distâncias eram bem grandes (em Mandalay visitamos as cidades vizinhas). Em Bagan achamos que super valeu a pena alugar e-bike e super recomendamos pq as distâncias são grandes e a e-bike é perfeita! Deu tudo certo mas só tome cuidado e sempre tire foto da moto/bicicleta dentro da loja antes de andar com ela para ter certeza que as pessoas não inventem que você estragou uma parte da moto/bike e te faça pagar por isso!

      Responder
  3. Rodolfo

    Olá Victória: delícia de diário sobre Yangon! Estou com viagem programada para Outubro 27 e aproveitei demais esse site 12go.Asia! Muito útil. Queria saber se vocês alugaram bike em Yangon e/ou em outras cidades, porque estou achando um meio de transporte extremamente útil para lugares assim. Sei que em Mandalay, até os hotéis tem bike a disposição como parte da diária. Se alugaram, ou soube de alguém que alugou, me conte se correu tudo certo. Se cada bike tem locker. Ótimas viagens para vocês!!!

    Responder
    • Victória Farina

      Olá Rodolfo! Espero que sua viagem pelo Myanmar esteja sendo maravilhosa! Em Yangon nós só andamos e usamos transporte público, em Hpa-an e Mandalay nós alugamos uma moto pq as distâncias eram bem grandes (em Mandalay visitamos as cidades vizinhas). Em Bagan achamos que super valeu a pena alugar e-bike e super recomendamos pq as distâncias são grandes e a e-bike é perfeita! Deu tudo certo mas só tome cuidado e sempre tire foto da moto/bicicleta dentro da loja antes de andar com ela para ter certeza que as pessoas não inventem que você estragou uma parte da moto/bike e te faça pagar por isso!

      Responder
  4. Debora

    Já estou com a mala pronta depois de ler este post. Realmente deve ser fantástico..

    Responder
    • Victória Farina

      É incrivelmente lindo mesmo, Débora! Amamos demais nossa viagem pelo Myanmar e jajá tem post novo sobre o país 🙂

      Responder

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