Costa Serena: Dois cruzeiros para o crossing e os embarques surpresas

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Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Atualizado em 29/06/2021
Por: Bruno

Mais um cruzeiro do Costa Serena acabava. Mais um monte de brasileiros chegariam e mais uma vez eu rezava para que ninguém entrasse na minha cabine. Era muito bom poder ficar sozinho.

Já fazia muito frio e ventava bastante em Savona. As montanhas já começavam a ficar com o topo branco, com um pouco da neve que já caía lá em cima. Era um sacrifício chegar até o Green Turtle em Savona mas, o pior mesmo era ter que ir até o Tucano Bar, mesmo sabendo que a recompensa seria das melhores.

Em mais um domingo de muitos embarques e desembarques, encontrei uma amiga do Cruise Ships, que estava no Costa Victoria e agora faria a temporada brasileira no Costa Serena. Vários brasileiros haviam embarcado naquele dia, para vários departamentos.

Navio de Cruzeiros em Savona, porto principal da Costa Cruzeiros | Foto: Green Turtle

Navio de Cruzeiros em Savona, porto principal da Costa Cruzeiros | Foto: Green Turtle

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Com o Jhonata, sempre fazíamos a brincadeira de ir até o Training Office para ver “as novidades” que haviam embarcado. E, aquele dia, uma Snack Steward, chamou a atenção de todo mundo. A Karen, loirinha dos olhos azuis.
No buffet, conversei um pouco com os novos brasileiros e a Karen falou um pouco do que já havia passado no contrato dela. Ela havia sido transferida do Costa Pacífica para o Costa Serena, onde havia deixado um namorado também brasileiro. Mesmo assim, ela dizia que já se conformava com o fim do namoro pois era quase impossível e certeza que ele não viria para o Serena. 

Na terceira noite de cruzeiro o Crew Bar estava lotado depois de um longo dia at sea. Eu já não sabia mais o que era passar uma noite sem ir ao bar, mesmo que fosse pra tomar só uma DAB. A atração eram os novos brasileiros e, claro, a Karen estava no meio. Aquele momento parecia uma prévia do que seria o crew bar dali pra frente na temporada brasileira.

Foi ficando mais tarde e só sobraram os mais dispostos e duas meninas. O Jhonata propôs uma Cabin Party já que o cabin mate dele trabalhava durante a noite e a cabine ficava livre. Foi então que todos foram para a cabine, com algumas garrafas de vinho que tínhamos guardadas. Todos já estavam meio alterados e todos estavam ali pelo mesmo motivo.

Na pequena cabine, eram cerca de sete homens e as meninas, em que toda a atenção ia pra Karen. Conversa vai, conversa vem, já estava tarde e os caras foram desistindo e abandonando a festa, até que no final sobramos Jhonata, Karen e eu, todos já bêbados.

Eu já estava quase indo embora, de tão cansado, quando o Jhonata, que era meu melhor amigo a bordo, entrou no banheiro. Não sei como, mas foi o tempo perfeito. Quando o Jhonata saiu, eu estava beijando ela e a cara dele foi a mais engraçada do mundo. Continuamos conversando até que eu e ela fomos para a minha cabine, que não tinha NENHUM cabin mate pra encher o saco. Estávamos tão bêbados que foi chegar na cabine e capotar, pois ela ainda falava do namorado no outro navio.

Nós não queríamos nos envolver mas a Karen era uma boa companhia. Durante os breaks, nos encontrávamos pra trocar uma ideia e falar das brisas da vida a bordo e, mesmo com resistência e tudo mais, nós ficamos algumas vezes, umas bêbados, outras bem sóbrios.

Como faltavam dois cruzeiros para o crossing, eu continuava torcendo pra que ninguém viesse pra minha cabine. Aproveitávamos todos os últimos domingos para ir no Tucano comer a coxinha ou feijoada, pois poderia ser a última vez ali e, mesmo que estivéssemos indo rumo ao Brasil, sentiríamos falta.
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Somos Bruno & Vic, dois viajantes que se conheceram e se apaixonaram trabalhando a bordo de um navio de cruzeiros. Em 2016, saímos em uma viagem ao mundo e, desde então, levamos a nossa vida na estrada. Entre caronas, voluntariados e trabalhos online compartilhamos nossas inúmeras experiências e pouco dessa vida nômade aqui no Blog Na Proa da Vida, veja mais

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Bruno
Já morei numa casa de lata flutuante onde o maior prazer era descobrir os sete mares. Trabalhei nos maiores eventos esportivos do mundo e vi o Bolt voando para mais um ouro no Rio de Janeiro. Hoje viajo o mundo sem data de volta para casa, na verdade, tenho chamado o mundo de minha casa. Não conto quantos países conheci pelo número de carimbos no passaporte, pois às vezes conheço dez países dentro de um só. Mergulhador e amante do oceano, amo aprender novos idiomas e coisas novas e escrevo sobre algumas das minhas aventuras no Na Proa da Vida.

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